Em uma época saudosa era possível atribuir a ignorância e a indigência mental da esmagadora maioria do eleitor brasileiro a proliferação desordenada de ladrões na política brasileira, era comum se ouvir:"O povo queria assim, se tivessem votado em "y" em vez de "x", tudo seria, maravilhosamente, diferente."Essa tese cai por terra nesse momento tenebroso em que não existem mais "vida honesta" em meio a política brasileira, o covil de ladrões e vagabundos está espalhado, como um vírus devastador, em todas as esferas, seja ela municipal, estadual ou federal. Como numa prisão, pode-se apenas dividir o nível de periculosidade de cada político, existem os de alto poder de destruição, caso por exemplo de senadores e deputados mais experientes na gatunagem e que, no desvio de verbas, matam sem piedade desviando dinheiro da saúde e da segurança; os casos de menor grau destrutivo podem ser atribuidos aos vereadores, vermes inúteis, que sugam mais lentamente todo vestígio de melhoria, existem também os políticos zumbis, aqueles que, se pensava estar morto e enterrado e voltam a sugar o dinheiro público, um exemplo dessa espécie atende pelo nome de Collor de Mello.
O momento não é apenas de preocupação, mas de uma dolorosa desesperança.