domingo, 3 de abril de 2011

...Coração Caipira

...Peguei um livro desses poetas que costumeiramente vendem milhares de livros, folhei e nele o poeta falava do mar, mas eu não conheço o mar, citava Veneza com suas famosas gôndolas, um tributo ao romantismo e, imediatamente lembrei que meu universo se resume a algumas ruas de Curitiba e o cuidado extremo de não ser atropelado. Fiquei decepcionado, seria o coração este ser tão engomadinho, soterrado debaixo dos alicerces da intelectualidade.
Falava o poeta das óperas, inesquecíveis, verdadeiras canções celestiais e o único som com tamanha estridencia que me vem a cabeça é de um pequeno grilo que acompanhado de alguns pernilongos me promovia noites inesquecíveis. Existiam também as fadas, vestidas com extrema elegância.
Mas o coração não é um universo tão restrito assim, é pura simplicidade como todas as coisas de Deus... 

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