sábado, 19 de novembro de 2011

A Terra onde Nasci...

Meus modos e sonhos sem sentido jamais representaram em toda a plenitude a terra pura e modesta onde nasci, aliás faz parte da ideologia humana superar seus antepassados em tudo, menos no realismo. Quando passei a entender que dois e dois nem sempre são quatro, fixei meus pés no chão e jurei a mim mesmo, como um valente soldado, eterno amante de sua pátria, que me orgulharia e honraria fielmente a terra onde, com olhos pequenos, desdentado e incrivelmente feio senti pela primeira vez o calor confortante do sol. Confesso ser um felizardo, pois Deus me poupou de certas cenas ridículas, sempre tive nos primeiros gargalos da maturidade uma visão consciente dos meus defeitos e quando passava a representar papéis ridículos, eu arrumava um jeito de sair sorrateiramente de cena. Confesso que a submissão por vezes é nociva, nada como uma boa dose de vaidade, esta, minha inimiga ferrenha,nunca nos demos bem, sempre achei que os últimos seriam os primeiros, embora em termos práticos isso nunca funcionou, pelo menos para mim.
Hoje passado vinte e poucos anos, ainda preservo este carinho pela terra onde nasci.
A vida nos traz gratas lições de sabedoria, cabe a nós, entende-las, absorver as coisas boas e ignorar as más.
Em todas essas lições, o coração sempre foi o meu mais sábio e competente mestre.
Várias foram suas lições, sou absolutamente franco em dizer que poucas de suas mensagens consegui decifrar, talvez por me faltar sensibilidade e pureza da alma.

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