O poeta Vinicius de Moraes decretou
solenemente: "O uísque é o melhor amigo do homem, é o cachorro engarrafado." É
claro que nós, meros mortais não podemos nos dar ao luxo de "invocar" o espirito
do mais nobre dos bebuns, seja pelo seu notório poderio intelectual e
consequentemente financeiro, seja pelas "paisagens" deslumbrantes a que o poetinha
tinha acesso, o fato em sí é que nós, humildes aprendizes de ébrios no máximo
podemos usufruir de uma uma cerveja engarrafada, mas o grande problema consiste mesmo nesta
triste falta dos charmosos botequins que nos áureos tempos abrigava os nobres e
os não tão nobres apreciadores do levantamento de copo, os locais se elitizaram
ou simplesmente desceram ladeira a baixo, tornando-se "invisitáveis", tristeza
absoluta, saudade do Sambar, do Dalmos Bar, da cantina do Tio, onde o James, um corintiano ilustre nos premiava com fotos e histórias das mais curiosas na charmosa Itararé dos anos 80, o Bar do
Wilson em Sengés e prá não deixar Jaguariaiva de fora, o Casarão, o charme desses
lugares parece que não renasceu em lugar algum,em reduzido número, "bebentes" das antigas
ainda se acomodam nos cantos dos bares mais modernos,parecem beber a memória dos
tempos, dos amigos, do conteúdo inteligente das conversas, todos saudosos.
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