Estava relembrando a despedida de um
amigo no ano passado, despedida esta em todo vasto simbolismo do termo, seja
pela minha limitadíssima lista de amigos, ou pelo tom funebre da ocasião, tom
esse por que sei que em alguns meses estarão solenemente enterrados os laços que
nos permitiram por anos conversar sobre tudo e sobre todos, se tratar com
palavrões escabrosos sob a tutela da amizade. Relembro aquela tarde triste de
domingo em que meu Corinthians foi rebaixado para segunda divisão e ouvi
gozações impublicáveis, apesar da dor da ocasião me senti estranhamente feliz,
pois haviam pessoas atentas aos meus gostos e paixões.Amigos de verdade fazem
isso, fazem questão de tornar situações embaraçosas em tragédias hilárias, me
permitam, temporariamente, um surto absurdo de falta de modéstia, mas meus,
"pouquissímos", amigos são dos melhores do mundo, já se levantaram comigo de
"buracos" memoráveis, mas isso só existiu pelo contato quase diário, a troca de
idéias e opiniões, exatamente por isso a partida de um amigo ganha este ar tão
desolador, mas nem por isso vou deixar de lhe desejar todo o sucesso do mundo.
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